terça-feira, 19 de maio de 2009



Bilhete de despedida


Lamento a minha despedida,
De tanto tempo ao teu lado,
De tantos beijos selados,
E carinhos a mil.

Entre palavras velar tua solidão tão sóbria,
Com meu sorriso meio sem graça,
E teu olhar tão triste de quando viste o meu amor.

Ainda escrevo poemas para minha alegria,
Giro todos os segredos guardados,
Fico preso entre nós tão firmes quanto minha voz,
E esta paz que vai ao longe...

Em busca de respostas a tua grande volta.
Encontro-me perdido nos meus livros secretos
Com tantos contos.

Ainda em mim resta um pouco de você,
Mas tão incomum que já nem sei se sou eu,
E todas as flores daquele jardim estarão em tua volta,
Como sempre imaginei.

Ouço vozes pelas escadas,
Suspiros de um dia nunca mais alcançado,
Como vício inesquecível.

Permaneço em sonhos em busca de um lugar melhor,
Haverá tantas paixões,
Um segredo revelado,
E um recado de solidão...

Com lembranças de teu último olhar.
Ainda dito o meu coração em direção teu,
Mesmo sem saber o motivo de querer-te ao meu lado.

E vou seguindo meu caminho,
Com frases tristes e perfeitas rumo ao nosso amor
Que não se apaga apenas se lê...

Como bilhete de despedida!


Stallone L. Duarte




sábado, 9 de maio de 2009


O ato final

Este ato de insanidade

Não pode ser real

Não posso sentir tanta dor

Por perder alguém que eu não amava

Mas a dor é imensa

O medo a confusão e o desejo, tornam-se tão próximos

Que acho que é o mesmo sentimento

A dor, O amor?

Talvez a dor de perder um amor, mais próximo disso impossível

A concepção de uma informalidade

Digo que minha insanidade torna-se mais constante de algo tão perplexo

Como seu beijo ou seu toque é tão preciso e forte, quente acima de tudo.

Eu tenho agora a certeza

O meu próprio artifício não me reconhece.