segunda-feira, 25 de julho de 2011




Roga-me uma praga perecível
E diz quem tu és afinal
Nas noites claras
Você é a única mancha negra em meu vestido
Quero saltar para andar nas alturas
Pois andar rastejando já basta
Me pega e agarra pela cintura
Cintura fria e crua
Me assa, me queima e coma
Me deixa realmente em coma
Suja minha cara de batom
E me diz que estou mascarada
Quero sorrir e chorar
Cheirar o podre odor das minhas feridas
Deita-me numa banheira de café quente
Até que toda ingenuidade aqueça, ferva e evapore
Corta tua língua com uma navalha
E beija-me levemente
Para com você sentir-me
Uma sede de vinho sangrento
Eu adoro te devorar
É como ficar com o freezer aberto
Olhando tua carne congelada em pedaços
E decidir que mais uma vez por te amar assim
Meu jantar de novo
Será você.


/ Não tem como modificar um sentimento. Ou você mata ele, ou o vive. Não dá pra você transformar ele em algo diferente, com menos força, que te cause menos dor.


By: Inayara Thuanny

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