sábado, 30 de abril de 2011



Âmago
Ao som de Smiths eu tento escrever alguma coisa que faça com que eu não me sinta tão insignificante
Ultimamente o insignificante vem preenchendo o vazio que a muito me consome
Faz dias que venho caçando palavras com uma rede de fumaça
Fumaça toxica, sabor cereja.
Outro dia entre pernas e abraços eu senti um desconforto
Eu odeio desconfortos impróprios
Odeio também relembrar o passado e sorrir para o mesmo
No mesmo dia, aquele desconforto me tirou lágrimas secas
Fez outro alguém chorar e morrer por dentro
Mais uma vez eu coloquei a mostra o ser inútil que mora em mim
O desconforto permaneceu em mim, se tornou algo chato, incômodo, ou seja, exatamente como um desconforto tem que ser.
E sabe o que mais odeio?
Sentir as emoções tremerem e abraça-la com as pernas
Odeio mais ainda permitir que o desconforto me banhe, pra depois fitar o vão, olhar o teto, deitar no chão gelado e sentir a inquietação fluir sobre a minha pele
Talvez eu esteja ficando maluca, doentia, devota da dor
Masoquista? Talvez.
Gosto do sofrimento, gosto de cavar feridas, cavar tão fundo e com os dedos, aponto de machucar e misturar lágrimas, sangue e suor.
Sou de conduta misteriosa, agressiva e incerta.
Culpada confesso.


p.s. postando a pedido do meu fiel leitor, tenho certeza que único
um amigo incondicional e maravilhoso
ei menino do castelo de areia, eu ainda não postei o que prometi mais em breve, muito em breve terá o seu post aqui prometo ^^

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